terça-feira, 26 de agosto de 2014

JESUS, A PORTA PARA A SALVAÇÃO

JOÃO 10.1-10.


Certa vez estava em casa e passei a meditar na pergunta de um certo pregador sobre o texto de João10. Ele perguntou:”Cristo é a porta e essa porta nos leva a salvação, porém, o que faz de Jesus essa porta e até que ponto ela é imprescindível para a humanidade?”
Pensando nisso comecei a pensar em Jesus como sendo essa figura da porta. Porque a porta? Imediatamente me veio a mente a frase do fiel Martinho Lutero: “ O que o pastor é para o rebanho, a casa para o homem, o ninho para o passarinho, a penha para a cabra montês, o arroio para o peixe, a Bíblia é para as almas fiéis.”
Então, através desse pensamento fui buscar na bíblia orientações que me levasse a chegar a entender como podemos fazer e o que devemos aprender para tê-la ao nosso alcance.
A primeira coisa que me veio a minha mente foi que Deus não faz ou FALA nada por acaso. Se Cristo usou da simbologia da porta para falar de si, alguma coisa tinha a nos dizer nas entrelinhas.
Foi pensando assim que veio a mente o nosso primeiro ponto: NENHUMA porta é feita em qualquer lugar!
Ninguém faria uma porta em meio a uma estrada ou no meio de um campo de futebol. Não faria sentido algum! Então, algo que temos que entender é que para existir uma porta, tem que necessariamente ter uma cerca ou uma PAREDE que separa dois lugares.
 Dois versículos vieram a minha mente de imediato. Em ROMANOS 3.23 diz: ”Todos pecaram e SEPARADOS foram da glória de Deus” e ISAIAS 59.2 :
Mas as vossas iniqüidades fazem SEPARAÇÃO entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça."
            Portanto, a Bíblia nos mostra que essa porta que é JESUS está nesta parede que é construída pelos nossos pecados para nos dar a passagem para o outro lado.
            Os nossos pecados nos separaram de Deus e impedem que cheguemos até Ele, pois Deus é santo e nós havíamos aberto nossa vida para os erros, para tudo aquilo que desagradava a Deus. Assim, cada vez que pecamos , acrescentamos um tijolo a mais nessa parede.
            O segundo ponto foi que esta porta era uma porta ESTREITA. Essa porta é mostrada como uma porta estreita por dois motivos bem simples: o primeiro é para que possa passar uma pessoa de cada vez. Ninguém pode ganhar a salvação por mim ou me levar até a salvação e entrar comigo. Assim como quando alguém morre. Quando alguém está muito doente, podemos acompanhá-la até seu último suspiro, mas depois disso, a pessoa morre e nós ficamos.
            Ao lembrar da porta estreita nos vem a memória a porta LARGA. Esta porta é larga porque assim podemos entrar com o fardo dos nossos pecados, algo que não ocorre na porta estreita, onde temos que deixa-los do lado de fora, ao pé da porta, aos pés de JESUS.
            Outro ponto interessante é o NÌVEL da porta. Para quem entende um pouco de construção, fica fácil saber que o nível de uma porta é a distancia que a mesma fica do chão. Porém, no caso desta porta algo interessante acontece. Esta porta foi feita  realmente ao nível do chão. Porque? Para que possa estar ao alcance de todos.
            Nós muitas vezes é que acrescentamos degraus através do legalismo cristão. Achamos que aceitar Jesus e ter direito a salvação é algo fácil demais e por isso acrescentamos sempre algo como: BOAS OBRAS, PENITÊNCIAS, SACRIFÍCIOS como se fosse necessário que fizéssemos algo além de aceitar a Cristo de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e força para ter o direito a salvação. Como se fosse preciso fazer algo para merecer essa salvação, mas a bíblia nos ensina que a salvação não vem de obras, mas é pela GRAÇA mediante a fé para que não invalidemos o sacrifício de Cristo na cruz..
            Um outro ponto , é a ALTURA desta porta. E vendo e revendo as Escrituras cheguei a conclusão que se trata de uma porta BAIXA.
            Esta porta é baixa exatamente para que possamos nos abaixar para passar por ela. Em outras palavras, para que possamos ser humildes o suficiente para nos curvarmos frente a Jesus e nos entregarmos a Ele. Pessoas que tem, como diz a Bíblia “dura cerviz”, ou seja, difíceis de se curvar, de se humilhar, que acreditam já ter o suficiente da parte de Deus ao ponto de andar olhando para cima, com o nariz empinado dificilmente entrarão por esta porta.
Um exemplo de como pessoas humildes ao ponto de se curvarem diante de Deus e reconhecerem o quanto são falhas agradam a Deus está na história da ORAÇÃO DO FARISEU O DO PUBLICANO, onde o publicano humilhando-se diante de Deus e mostrando o quanto necessitava dEle faz uma das menores, porém, mais sinceras orações da bíblia: “Ó Deus, tem misericórdia de mim pecador.”, enquanto que o fariseu parece estar lendo um currículum de boas ações.
O último, porém não menos importante ponto é a DISPOSIÇÃO desta porta.
Esta é uma porta que está sempre aberta.
Enquanto estivermos vivenciando nossa caminhada terrena, esta porta chamada Cristo estará sempre aberta esperando que alguém olhe para ela, decida sair de onde está, abandonar o pecado e dar um passo de fé através dela.
Vale lembrar que há apenas duas formas em que esta porta se fechará. A primeira é quando Cristo vier buscar a sua igreja e a outra é quando morrermos. Em ambas as opções se não tomarmos a atitude de buscar a Cristo, de alcançar essa porta enquanto podemos, depois será tarde demais.
Então, que possamos meditar sobre quão é importante buscarmos essa porta em nossa vida e que possamos orientar sempre as pessoas ao nosso redor através da evangelização sobre esta PORTA ABERTA antes que seja tarde!
Você que está lendo este texto agora, já tomou a decisão de passar por essa porta? Lembre-se que não sabemos o dia e nem a hora em que o filho do homem virá sobre as nuvens do céu.

Que Deus nos abençoe hoje e sempre!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Dependente de Deus



ATOS 16



       O melhor caminho para que o cristão alcance um patamar elevado de intimidade e santidade com Deus é entendendo a real necessidade que devemos ter da dependência dEle.
      A todo o momento na Bíblia vemos Deus buscando demonstrar ao homem que ele necessita da ajuda de Deus e de sua orientação durante toda a sua vida.
      Quando lemos em Mateus 18.3 as seguintes palavras: “e disse: em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças de modo algum entrareis no reino de Deus”, é uma forma de dizer que necessitamos de depender de Cristo como uma criança que nada sabe da vida e que necessita de seus pais para lhe ensinar tudo que precisa saber e para indicar que caminho tomar em sua vida.
       Um texto que nos ensina uma lição interessante sobre dependência é Atos, capítulo 16. Texto escolhido para embasar minhas palavras.
       Quando pensamos em Atos 16 nos vem de imediato na mente o versículo 31, que por sinal é belíssimo, onde Paulo diz ao carcereiro a famosa frase: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”. Não tiraremos o mérito dessas palavras jamais, porém, já paramos para pensar se essas palavras existiriam se Paulo não fosse alguém totalmente dependente da vontade de Deus?
       Como sabemos disso? Como podemos verificar isso analisando esse texto? Basta fazer o que poucos pregadores fazem: analisar todo o capítulo e não apenas os versículos do 16 ao 31. E é isso o que faremos agora.
         Mas antes vamos entender o porque de Deus usar Paulo de forma tão grandiosa.
        Alguns capítulos atrás, mais especificamente o capítulo 9 Jesus ganha um novo seguidor: Paulo. Ele ao se converter ao cristianismo tornando-se cristão como foram chamados na Antioquia, no capítulo 11 de Atos durante o tempo de um ano que passaram entre os crentes de lá, não parou de buscar pregar o Jesus que antes perseguia. Logo após foi a Chipre enviado pelo próprio Espírito Santo que os separou para a obra, onde o pro-cônsul Sérgio Paulo foi tocado pelo poder de Deus.
        Mas alguns versículos nesse texto do capítulo 13 começa a explicar o porque do ministério de Paulo ser tão abençoado. Os versículos 2 e 4 dizem que ele e barnabé foram ESCOLHIDOS e ENVIADOS pelo ESPÍRITO SANTO.
        Um ponto interessante que devemos lembrar em nossa vida é que fomos escolhidos e enviados pelo próprio Jesus para realizar a obra como está escrito em JOÃO 15.16 e MATEUS 16.15, porém mesmo assim, sabendo da escolha e do envio de Cristo para nossas vidas ainda tentamos guiar nossa vida seguindo nosso próprio entendimento.
         O versículo 52 também traz uma característica interessante. O versículo diz que Paulo e Barnabé eram CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO.
        Essa colocação já resume de forma plena o motivo pelo qual ele e tantos outros jamais pensaram em desistir da sua caminhada ou de seguir seu próprio entendimento e é nesse ponto que chegamos ao capítulo 16.
        No capítulo 16 Paulo se encontrava em Listra e Derbe onde encontrou Timóteo e saiu por alguns locais entregando as decisões dos apóstolos para que fosse do conhecimento dos irmãos. Paulo certamente tinha em sua mente o quanto a pregação do evangelho conseguia alcançar e salvar vidas para o reino de Deus.
         Certamente Passou pela cabeça dele o quanto Deus o usara tremendamente para este propósito, e, em determinado momento a dupla formada por Paulo e Silas decidem atravessar a região frígio-gálata, que compreendia o centro ocidental da Ásia, visto que antes se encontravam em Listra e Derbe que se localizavam no sul da Galácia. Ou seja, cobririam uma grande área da Ásia evangelizando grandes cidades como Ancira, Pesinonte e Távio, mas o espírito santo os impediu.
           Logo após decidem ir para Mísia e de lá se dirigir para a Bitínia, mas outra vez o espírito de Deus não permitiu. Então partiram para Trôade.
         Mas se Paulo e Silas estavam cheios do Espírito santo e faziam sinais e maravilhas no nome de Jesus, porque suas decisões em relação aos locais a serem evangelizados não correspondiam a vontade de Deus?
         Possivelmente Deus queria mostrar que por maiores que fossem os sinais, o grupo teria que entender quem estava no controle e quem estava na dependência.
         Deus não dependia puramente de Paulo para a pregação da Palavra, podendo levantar alguém assim como levantou a ele, mas Paulo era quem dependia inteiramente de ser guiado.
         Se observarmos bem, nesse momento o evangelho não é pregado em Trôade. Mas então porque Deus os direcionou para lá?
         A resposta vem logo no versículo 9, onde Paulo tem uma visão de um homem macedônico que lhe rogava ajuda.
         Talvez nesse momento Paulo tenha entendido completamente qual era a vontade de Deus e porque ELE os levara até Trôade. 
          Trôade era uma cidade litorânea e portuária que ligava as pessoas até a Macedônia. Deus os levara até lá para que eles entendessem que por maior que fosse o desejo de pregar a palavra para multidões, Deus tinha planos mais simples: A vida de algumas pessoas apenas.
            Ao seguir o plano e a dependência de Deus Paulo acaba alcançando pessoas que ele nem imaginava e de forma simples como Lídia,  a vendedora de púrpura, de Tiatira, que estava ouvindo a beira do rio as palavras de Paulo e se converteu juntamente com toda a sua família e foram batizados.
          A partir do versículo 16 a fé de ambos e sua dependência começa a ser testados ao ser confrontados por uma jovem que tinha um espírito adivinhador e que colocara cara a cara seu orgulho e sua dependência, porém mais uma vez, a dependência de Cristo e a presença do Espírito Santo se mostrou maior que o orgulho pessoal de Paulo, que resistiu aos falsos elogios da jovem possessa e libertou mais uma alma do poderio de satanás.
          Porém, essa atitude teve consequências graves para eles que foram açoitados e lançados na prisão.
Na prisão, Paulo e Silas não podem depender de seu próprio entendimento ou forças. ou seja, estavam totalmente entregues nas mãos de Deus. E, nesse momento vemos o maior exemplo dessa dependência. ao se verem em uma situação cujo fim estava longe de seu controle. Nesse momento, ambos se colocam a orar e cantar louvores a Deus, quando quaisquer outros estariam calados, tristes, chorando, murmurando ou até mesmo blasfemando contra Deus por colocá-los em tamanha situação.
        E Deus os honrou concedendo-lhes a liberdade de forma extraordinária, abalando as estruturas da prisão e abrindo suas algemas, porém sem esquecer de completar a obra que tinha mostrado a Paulo em visão: ajudar o homem macedônico. Sim, o carcereiro era esse homem. 
          Foi necessário mudar os planos de Paulo, leva-lo a sair da Ásia e ir até a Macedônia, na Europa para poder salvar a vida daquele homem e de sua família como vemos nos versículos 31 ao 34.
         Paulo não questionou a vontade de Deus ou em algum momento pensou que era melhor fazer o que ele tinha planejado, mas simplesmente obedeceu como alguém que entendia que dependia de Cristo para que as palavras que saíssem de sua boca tivessem algum poder.
         Se nos colocarmos na dependência de Deus como fez Paulo, não importa se os planos de Deus fazem algum sentido para nós ou não, saiba que ELE fará maravilhas e nós demonstraremos ao mundo e sentiremos dentro de nós a maravilha que é servir a Deus e seguir o seu caminho.



Que Deus nos abençoe hoje e sempre!

Deus não dependia puramente de Paulo
estava na depend queria mostrar que por maiores que fossem os sinais, o grupo teria que entender quem estava no controle e que